O Estudando Nº 02 já está disponível (post atualizado às 15:24). O estudo inaugura a série Lições em Educação.
Embora Educação seja um tema consideravelmente complexo, existem algumas políticas e práticas educacionais no qual a maioria dos estudos está alinhada em relação a sua importância para a obtenção de uma Educação de qualidade. Como exemplos, podem ser citados o ensino pré-escolar, o pedido e a checagem do dever de casa e o incentivo dos pais à leitura e aos estudos.
O Estudando Nº 02 inicia uma série de estudos para avaliar como o Brasil vem executando essas políticas e práticas em Educação. Os primeiros aspectos analisados são o ensino pré-escolar e o fluxo escolar, por meio de dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2009.
Algo que me chamou muito a atenção no estudo é que, mesmo havendo um reconhecimento no país da grande importância do ensino pré-escolar e de um fluxo escolar adequado, ainda temos muito a caminhar nesses dois aspectos.
Analisar os dados do Pisa 2009 é muito interessante, pois o Pisa avalia alunos de 15/16 anos que iniciaram sua vida escolar há cerca de dez anos. Esses números permitem a avaliação de como práticas educacionais foram desenvolvidas na última década e o diagnóstico de como o Brasil evoluiu.
Os números que se baseiam nas respostas dos alunos a questionários permitem comparar, por exemplo, os jovens de 15/16 anos dos países avaliados levando em conta se fizeram ou não o ensino pré-escolar. Quando vi esses números pela primeira vez pensei que talvez não fossem os adequados para o estudo, pois avaliam a freqüência na pré-escola no final da década de 90 e não a freqüência atualmente. Mas depois percebi a riqueza das informações que os números me passavam.
Os dados indicam que a freqüência à pré-escola era muito baixa no Brasil há cerca de dez anos atrás e que nesse mesmo período a freqüência das crianças a essa etapa de ensino já era alta em outros países. E, mais importante, se olharmos as nossas taxas de matrícula no ensino pré-escolar veremos que, mesmo hoje, estamos num patamar consideravelmente abaixo do que se encontravam os países da OCDE há uma década.
Discutiremos mais sobre o Estudando Nº 02 hoje à tarde, quando o trabalho completo for publicado. No entanto, já convido todos à discussão fazendo as mesmas perguntas que fiz aos especialistas consultados no estudo:
Quais as diferenças entre o Brasil e os países desenvolvidos em relação à Educação? Quais as lições que o Brasil pode tirar dos países que se destacam na Educação, e o que o país pode fazer para garantir aprendizado a todos, independentemente da condição social do aluno?
Curtir isso:
Curtir Carregando...
Read Full Post »